
Sexta-feira, 19/02/2016
O Uso da Educopédia em Sala de Aula
“A tecnologia não transformará um professor ruim em um professor bom. Mas tornará um bom professor em um professor ainda melhor. E pode ajudar a fazer com que esses grandes mestres sejam lembrados por seus alunos para o resto de suas vidas.” Doug Johnson
Os jogos e atividades sinestésicas são importantes em toda aula de inglês ministrada para crianças e adolescentes. Ambos criam situações nas quais os alunos podem utilizar o novo idioma na forma de brincadeiras, sejam elas por meio de joguinhos, músicas ou vídeos.
Para registrar esses e outros momentos, mantenho uma página no facebook, através da qual os alunos e seus responsáveis acompanham o trabalho desenvolvido na escola. Nela, várias das atividades realizadas com a utilização da educopédia estão registradas. Visite-nos e curta-nos em http://www.facebook.com/inglesnaprudente
Dayse Alves Barbosa é graduada em Inglês e Respectivas Literaturas pela UERJ, pós-graduada em Psicopedagogia e pós graduanda em EAD. Atuou como professora e coordenadora pedagógica de Inglês no Centro de Cultura Anglo Americana, como professora do IBEU e como professora e mentora da Cultura Inglesa no Rio de Janeiro. Atualmente é professora de inglês da SME-RJ e do Curso de Inglês Red Balloon. Tem experiência na área de Educação, Tecnologia Educacional e Mídias na Educação. Atualmente coordena a equipe de inglês dos Projetos Educopédia. Também ministra aulas para adultos que atuam nos setores financeiros e bancário, engenharia, petróleo e gás, segurança do trabalho, turismo, negócios, medicina e TI em empresas. É também tradutora de Inglês
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Segunda-feira, 06/07/2015
Ciências com Coerência
Por vezes ouvimos que, na disciplina de Ciências, não há pré-requisitos. Isso me preocupa muito, pois existe uma coerência no currículo de Ciências. Podemos buscar essa coerência na própria Educopédia. Se observarmos bem, podemos ver certos objetivos trabalhados com maior profundidade no decorrer dos anos de escolaridade. A sensação é de que não há dependência entre o conteúdo de um ano para outro ano. Mas não vejo que seja assim. Vou dar um exemplo para ilustrar essa linha de pensamento. As mudanças dos estados físicos da água começam a ser trabalhados no quarto ano, quando falamos do Ciclo da Água.
No sexto ano, voltamos a trabalhar o mesmo conteúdo de mudanças de estados físicos da água. No entanto, já podemos introduzir a relação de molécula da água e calor.
E, finalmente, no nono ano trabalhamos as mudanças de estados físicos da água. Nesse ano, veremos o mesmo conteúdo com mais um conceito envolvido: energia.
O mesmo conteúdo é trabalhado em três anos de escolaridades diferentes, porém com maior profundidade. É como se fosse uma espiral. Uma boa sugestão que posso dar é que se sua turma precisa de um reforço, você pode usar uma aula de um ano anterior.
Isso é muito importante, pois fica bem mais fácil. Como se fosse uma corrida de revezamento, cada um de nós tem que entregar o bastão da melhor maneira possível.
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Segunda-feira, 15/06/2015
Estratégias e Recursos da Web 2.0 para o Ensino de Artes
Estratégias e Recursos da Web 2.0 para o Ensino de Artes
O mundo digital é um dos locais em que os alunos têm acesso direto às informações com muita rapidez. Sendo assim, o professor pode utilizar recursos desse ambiente para planejar suas aulas e incorporar os conteúdos e conhecimentos de acordo com os objetivos de seus cursos e suas disciplinas. É nesse contexto que se vislumbra a importância da utilização dos recursos da Web 2.0. Com eles, o ambiente on-line tornou-se mais dinâmico, o que interfere significativamente na forma de pensar a educação, pois a “geração Internet” prefere trabalhar em equipe, pesquisar, explorar e interagir (LIMA, 2012).
O papel do professor de Arte na contemporaneidade
Experiências com recursos web 2.0 no ensino de ArtesOs recursos da Internet favorecem as mais variadas formas de atividades, como aquelas que utilizam vídeos sobre o percurso criador de um artista e sites interativos de museus virtuais, entre outros, garantindo a alunos e professor acesso rápido a imagens e textos de vários gêneros. Sobre essa apropriação e ressignificação da imagem com recursos tecnológicos, é preciso que os professores sejam preparados adequadamente para que, além de saberem explorar os programas de tratamento de imagens no computador, possam realmente propiciar o aprendizado em arte (SOTTO, 2006).
Imagem 1 – Série "Formas com Arte" 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
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Segunda-feira, 25/05/2015
Ensino Híbrido: por uma educação onde o aluno passa a ser dono de seu aprendizado
Não cabe mais pensar que o aluno só aprende se estiver em uma sala de aula ou acompanhado de um professor. Sabemos que eles aprendem por conta própria quando algo desperta seu interesse. A mudança no papel do professor pode, de alguma forma, envolver ainda mais o aluno em relação aos conteúdos escolares para que ele, gradativamente, torne-se protagonista? Essa é a proposta do “Blended Learning” ou Ensino Híbrido, repensar a prática atual onde o professor é o centro das atenções e o aluno um mero expectador. O Ensino Híbrido apresenta modelos de aulas onde a aprendizagem está centrada no aluno em busca de uma personalização que promova o interesse em seu aprendizado tornando-o protagonista desta ação.
Falar em personalização do ensino não é nenhuma novidade, Paulo Freire já defendia uma prática em que o aluno criava e ditava o rumo de seu aprendizado. Ao mesmo tempo, temos uma legislação que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, LDB, que cita em seu artigo 2º que a Educação tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando. Esse pleno desenvolvimento não expressa apenas assimilação de conteúdos, mas, sobretudo, o desenvolvimento de suas habilidades e competências. Quando olhamos para a realidade de nossas salas de aula é preciso fazer uma reflexão sobre o aluno que estamos formando. Qual é a experiência ideal para nossos alunos? Acredito que a palavra liberdade expresse bem o que se espera da relação de um aluno com seu aprendizado. De acordo com a filosofia “liberdade é a independência, autonomia e espontaneidade do ser humano”. As crianças e adolescentes de hoje experimentam essa liberdade e exercitam sua autonomia quando se comunicam ou fazem pesquisas na internet. Em contrapartida, são privadas dessa independência na escola.
É muito comum ouvir de pessoas pouco entusiasmadas com a proposta de repensar a educação e torná-la mais próxima da realidade atual que professores serão substituídos com o uso das novas tecnologias. Isso é uma grande falácia! Há uma frase que diz que “A web não muda o mundo, mas amplia o mundo.” E assim será com o professor, ele não se perde nessa nova abordagem pedagógica, ele muda seu papel, muda de generalista para especialista e realiza um trabalho de tutoria com seus alunos.
O que é ensino híbrido?O Instituto Clayton Christensen é uma organização internacional não governamental que foca seus estudos em busca de inovações na educação e durante muito tempo estudou casos de ensino híbrido nos EUA que auxiliou na elaboração da definição de ensino híbrido, voltado para a educação básica, por eles formulada. “O ensino híbrido é um programa de educação formal no qual um aluno aprende, pelo menos em parte, por meio do ensino online. O estudante tem algum controle sobre pelo menos um dos seguintes elementos: tempo, lugar, modo e/ou ritmo do estudo. A educação ocorre pelo menos em parte em um espaço físico supervisionado.” Podemos entender então que esta metodologia enfatiza alguns aspectos como:
Personalização do aprendizado. É considerado que os alunos não aprendem no mesmo tempo, nem pelo mesmo caminho. Enquanto uns assimilam rapidamente determinado conteúdo, outros precisam de estratégias diferentes ou um tempo particular para compreensão do assunto. Ensino online deve estar integrado às atividades em sala de aula. Usar notebooks, computadores, tablets ou qualquer outra tecnologia em sala de aula sem mudar a forma como o aprendizado acontece não é ensino híbrido é apenas mais uma ferramenta. Não há mudança no papel do professor nem do aluno e isso nada mais é do que a prática tradicional feita de forma digital. Aprendizagem colaborativa. Os alunos trabalham juntos, em pequenos grupos, trocando experiências, desenvolvendo mais sua autonomia e sua capacidade crítica a partir de discussões promovidas pelos grupos onde os alunos expõem suas ideias e escutam os colegas. Os alunos aprendem e ensinam ao mesmo tempo, constroem o conhecimento coletivamente. O professor está sempre presente acompanhando e intervindo como mediador nas discussões, tutorando os alunos com mais dificuldades e sempre atento à participação de todos no processo de colaboração. Um dos principais ganhos de planejar aulas com este método é desenvolver autonomia no aluno para que ele tenha condição de avançar em seus estudos sem que o professor fique o tempo todo dizendo o que ele deve fazer. O aluno passa a ser dono de seu aprendizado.
Como introduzir o ensino híbrido em meus planejamentos?Ao preparar uma aula no modelo híbrido de ensino é preciso salientar que um dos pontos mais importantes em seu planejamento é destacar o papel do aluno e o papel do professor nas atividades, os espaços e os recursos a serem utilizados na aula. Alguns planejamentos são feitos preocupando-se apenas com o conteúdo que será abordado. Essa é a primeira grande diferença, perceber que a mudança de postura do professor e do aluno já devem estar presentes no planejamento da aula. Os modelos de ensino híbrido dividem-se em duas categorias: os modelos sustentados e os modelos disruptivos. Modelos sustentados de ensino são aqueles que seguem certa proximidade com o modelo vigente. É por este motivo que costumamos ouvir que o ensino híbrido é o “melhor dos dois mundos”, pois oferece os benefícios da educação online com as principais vantagens da sala de aula tradicional. Já os modelos disruptivos em educação são aqueles que rompem com a sala de aula tradicional, estes são mais difíceis de serem adotados em nossa realidade. Veja alguns exemplos de modelos sustentados de ensino híbrido que podem ser utilizados em seu planejamento: Modelo de rotação por estações. O espaço é dividido em estações (espaços de aprendizado) com atividades diferenciadas, cada uma com um objetivo específico e todas dentro do conteúdo central da aula. Pelo menos uma das estações deve apresentar uma atividade online. Após um determinado tempo os alunos trocam de estações, até que ao final da aula todos tenham passado por todas as atividades. Nesse sentido é importante planejar a aula em estações independentes uma das outras para que os alunos possam começar em qualquer estação. O professor pode criar quantas estações desejar para a aula desde que o tempo previsto cada uma seja o mesmo. Nas estações podem ser oferecidas atividades em grupo ou mesmo atividades individuais. A rotação entre as estações acontecem no mesmo tempo, mas nem todos os alunos concluem as atividades no mesmo tempo. Por isso é importante pensar em uma atividade para os alunos ociosos por terem finalizado antes do tempo suas tarefas. Uma sugestão é solicitar a participação destes alunos como monitores, auxiliando os colegas que ainda não concluíram as atividades. A organização da sala neste modelo valoriza bastante a colaboração entre os alunos favorecendo o aprendizado entre pares, assim como essa formação do espaço possibilita que o professor esteja mais perto dos alunos com mais dificuldades e ao mesmo tempo estimulando os alunos que estão mais “adiantados”.
Modelo laboratório rotacional. O planejamento de uma aula neste modelo requer o uso de dois ambientes da escola: o laboratório de informática e a sala de aula. No laboratório o aluno realiza atividades online com orientação de um professor de apoio enquanto na sala de aula é acompanhado do professor especialista nas atividades. Após um tempo previamente determinado os alunos trocam de ambientes. Por este motivo as atividades
Modelo sala de aula invertida. O planejamento divide-se em dois momentos: no primeiro momento, anterior à aula o professor orienta os alunos a estudarem os conceitos que serão vistos na aula seguinte, pode ser através de uma pesquisa feita pelos próprios alunos ou por material de estudo guiado pelo professor. No momento seguinte, na aula, os alunos utilizam-se dos conceitos aprendidos para construir o conhecimento, o professor atua como mediador orientando e guiando os alunos a trabalharem com os problemas, construindo uma rede de conhecimento através da aprendizagem colaborativa. É possível ainda o professor criar um terceiro momento com aprofundamento das questões discutidas em sala. Uma das vantagens observadas neste modelo é a otimização do tempo, permitindo que no momento anterior à aula cada aluno caminhe no seu próprio ritmo, além de desenvolver autonomia e responsabilidade nos alunos.
Saiba mais: A Fundação Lemann em parceria com o Instituto Península lançaram o curso online Ensino Híbrido: Personalização e Tecnologia na educação. O curso foi especialmente feito por professores para professores. A proposta do curso é voltada para professores da Educação Básica que têm interesse de incluir novas tecnologias em sala de aula voltadas para a personalização do aprendizado de seus alunos, integrando-as ao currículo escolar. No entanto, qualquer pessoa com interesse no tema pode cursá-lo, tanto no modo aberto quanto no Programa de Certificação. Para maiores informações clique aqui: Ensino Híbrido
Possui graduação em Matemática (2005) e especialização em Avaliação Educacional (2006) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Nos últimos anos tem aliado à prática docente o uso de recursos tecnológicos de modo a tornar o aprendizado dos alunos mais interessante e dinâmico.
Participou atualmente na Fundação Lemann de um grupo de experimentações em Ensino Híbrido, elabora itens de conteúdo educacional para a Plataforma Geekie, é Embaixadora e Formadora da Khan Academy pela Fundação Lemann e Coordenadora do Estúdio de Gravação de vídeoaulas e podcasts da Educopédia.
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