
Sexta-feira, 27/12/2013
Avaliação da Aprendizagem
Percebemos uma grande confusão em relação ao modo como é avaliada a aprendizagem nas escolas. A avaliação da aprendizagem acabou se tornando o sinônimo de examinar, atribuir notas, fazer provas, testes, ser aprovado ou reprovado.
http://www.aplicadoreforcoescolar.com.br Observamos que as notas ou conceitos não demonstram realmente o que o aluno aprendeu, e sim os classificam em apto ou não apto.
A educação é entendida como mera transmissão e memorização de informações prontas e o aluno como receptor passivo. A avaliação serve para medir a quantidade de informações retidas.
É necessária uma mudança de atitude, pois o aluno é um ser ativo e dinâmico, e participa do processo de construção do seu próprio conhecimento. Com isso, percebemos que avaliar não é somente atribuir notas, observar os aspectos quantitativos, mas sim investigar se os objetivos propostos estão sendo alcançados, refletir sobre os resultados que obteve e os que gostaria de ter alcançado.
Esse tipo de avaliação assume um caráter diagnóstico em que são observados os avanços e dificuldades, sendo estes os indicadores para o replanejamento do trabalho do professor. A avaliação é a coleta de dados para se emitir um julgamento.
http://100porcentoaprendizagem.blogspot.com.br
A escola que é comprometida com a aprendizagem do aluno e o seu verdadeiro desenvolvimento como cidadão não se contentará com os resultados que obteve, mas sempre procurará se aprimorar para chegar ao máximo que possa obter do indivíduo.
http://amigadapedagogia.blogspot.com.br/2010/03/planejamento-escolar-muito-mais-que-um.html
O professor precisa utilizar diferentes instrumentos de avaliação que servirão como ferramentas que facilitarão o ato de avaliar, pois ele terá mais informações para replanejar o seu trabalho e orientar a aprendizagem dos alunos.
É necessário também considerar, durante o processo educativo, a autoavaliação com a participação do aluno, em que ele também emitirá julgamentos e observações, colaborando com o professor e alcançando o objetivo mais importante que é a reflexão sobre o processo ensino-aprendizagem.
Com a participação de todos, com certeza teremos o sucesso no ato de avaliar, rendendo bons frutos. ___________________________________________________
Referências:
Eltom Ferreira Matias é graduado em História e especializado em Administração e Supervisão Escolar. Atualmente é orientador pedagógico na Prefeitura de Nova Iguaçu e professor na Prefeitura do Rio de Janeiro.
|


Sexta-feira, 20/12/2013
Desenvolvimento Profissional Docente Frente aos Desafios da Contemporaneidade
O que pode mudar a escola? Apesar de complexo, o conjunto de soluções possíveis deve incluir alterações nos vínculos entre professores e alunos para sustentar a tríade professor-alunos-conhecimento como fundação das relações de sentido na escola.
Transformar o vértice onde se encontram os professores, a nosso ver, exige um novo conjunto de paradigmas que substituem a noção de capacitação ou formação docente pela ideia de desenvolvimento profissional docente.
A perspectiva de mudança nas escolas requer um desenvolvimento profissional docente sintonizado com paradigmas de inovação e (trans)formação nos processos formativos hoje disponíveis. O paradigma de inovação que pensamos está orientado pelos modos de funcionamento e significação da cultura digital - forçosamente infiltrada na escola pelas mãos das crianças e jovens - e contempla, pelo menos, as seguintes premissas:
1. O foco da escola não é o ensino, mas a criação de ambientes para a aprendizagem, preferencialmente organizados em torno de projetos, de atividades baseadas em problemas, do "aprender fazendo" e da "aprendizagem com diversão";
EDI General Augusto César Sandino - 6ª CRE.
2. A vinculação professor-alunos emerge em processos de produção de sentidos baseados na colaboração, relações horizontais de troca e coautoria;
3. A avaliação deve ser formativa e desenvolver uma atitude engajada, aprendente, investigativa e reflexiva em torno de problemas desafiadores.
Propomos um conjunto mínimo de estratégias para o desenvolvimento de educadores sintonizados com a cultura da aprendizagem e a cultura digital por meio do engajamento e imersão em:
A. Experimentações pedagógicas focadas na melhoria da relação aluno-conhecimento a partir de diferentes situações e recursos que evidenciem a "autoria de estilo didático";
E. M. Olegário Mariano. . B. Redes de conversação e interação entre professores e alunos, em ambiente de alta imersividade, como encontramos em jogos digitais e redes sociais;
http://redunid2.blogspot.com.br/2013/05/o-escutar-no-meio-de-uma-cultura-digital.html
C. Usos de novas mídias a fim de experimentar a autoria em novas linguagens para além do acadêmico-textual. Nesse sentido, o uso de aplicativos em dispositivos móveis, por exemplo, muda profundamente a relação de professores e alunos com o currículo, que pode ser explorado em sintonia com o cotidiano que deveria também pertencer à escola.
Adriana Martinelli é formada em Fonoaudiologia pela PUC-SP, com especialização em Psicopedagogia - Teoria e Prática e em Novas Tecnologias de Comunicação Aplicadas à Educação pela Escola do Futuro/USP. Atuou como coordenadora da Área de Educação e Tecnologia do Instituto Ayrton Senna de 1999 até início de 2013, e hoje atua como consultora em projetos de inovação em educação. Dentre vários clientes, é consultora de negócios em educação para o C.E.S.A.R (Centro de Estudos Avançados de Recife).
Marcia Padilha é Mestre em História Social (USP), gestora de projetos, pesquisadora e consultora especialista em educação e tecnologias de informação e comunicação. É autora de diversas pesquisas e artigos sobre avaliação e uso educativo de tecnologias. Há mais de uma década atua junto à educação pública no nível básico de ensino, tendo colaborado e coordenado projetos de diversas naturezas em organizações da sociedade civil, fundações empresariais, secretarias de educação e organismos de cooperação internacional no Brasil e na América Latina.
Luciano Meira é PhD em Educação Matemática pela University of California at Berkeley. É professor de Desenvolvimento Tecnológico Industrial do CNPq. Colaborador do C.E.S.A.R há uma década em projetos de cultura digital. É líder educacional do OJE (Olimpíadas de Jogos Digitais e Educação), um projeto de incentivo à melhoria do Ensino Básico através de uma competição colaborativa baseada em games e redes sociais em plataforma Web.
|


Postado por Cristiane Guntensperger Sousa (Texto de Adriana Martinelli, Luciano Meira Már) Ver Comentários (0)
Sexta-feira, 13/12/2013
Educação Infantil: Ludicidade, Relações Étnico-raciais e Cidadania
A Lei 10.639/03, que completa uma década, aponta para a inclusão de questões étnico-raciais na Educação Básica. Embora a obrigação seja para os Ensinos Fundamental e Médio, o educador pode realizar propostas que enfatizem a história e a cultura africana e indígena ainda na Educação Infantil (E.I.). Mas como fazer essa articulação?
Projeto Índios na Escola no EDI Avenida dos Desfiles. Como está expressa na LDB (Lei 9.394/96), a Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica e visa ao pleno desenvolvimento da criança (até 5 anos). Mesmo não tendo função propedêutica, é essencial acompanhar e registrar todo o desenvolvimento da primeira infância, observando sua integração com todos os envolvidos no processo de aprendizagem, para melhor formação do ser e construção afirmativa de sua identidade. Nesse contexto, o espaço da E.I. deve ser privilegiado com inúmeras relações sociais que resultem em aprendizagens significativas.
Por outro lado, as múltiplas linguagens podem favorecer e contribuir para um real desenvolvimento dessa fase peculiar da infância. A utilização de brincadeiras como recurso pedagógico é uma excelente via para efetivação de propostas relacionadas à cooperação, à socialização de valores, respeito ao outro, superação das diferenças e aceitação do próprio ser.
E. M. Atenas - 9ª CRE.
O educador precisa estar atento ao lúdico, pois não existe nada que a criança precise saber que não possa ser ensinado brincando (LIMA, 1987, p. 33). O processo criador deve ser trabalhado no dia a dia do pequeno infante e o professor deve estar sensível para a importância do faz de conta, explorando questões de atitude, cruciais para as relações étnico-raciais e para o desenvolvimento integral da criança.
EDI Borel.
Dessa forma, percebemos que a brincadeira é essencial para a formação social do ser que, por meio dela, cria situações, integra-se com a sociedade e transforma o seu mundo, relacionando-se com as demais pessoas a sua volta.
Kizomba na C.M. Simone de Beauvoir.
_____________________________________________________
Referências:
Cristiane Brandão atua como professora e escritora. Formada em Ciências Sociais e em Pedagogia pela UFRJ. Especialista em Gênero e Sexualidade pelo IMS da UERJ, em parceria com o CLAM e Especialista em Mídias na Educação pela UFRRJ. Atuou como tutora no Curso de Extensão Relações Étnico-raciais, da UFF, e no Curso Proinfantil, elaborado pelo MEC.
|


Sexta-feira, 06/12/2013
A Intersetorialidade no Programa Saúde na Escola
Quais os limites e possibilidades do Programa Saúde na Escola constituir-se nas escolas públicas como espaço democrático de construção, acompanhamento e avaliação das ações de saúde com a participação dos profissionais de educação, saúde e assistência social por meio de projetos em diálogo com a comunidade escolar?
Responder a essa questão certamente não é fácil, pois envolve diferentes concepções de “intersetorialidade”, sugerindo, no mínimo, refletir sobre a relação entre educação e saúde, na perspectiva da Saúde Coletiva:
Drª Alessandra e toda a Equipe de Saúde Bucal no EDI Sgt Jorge Faleiro de Souza, em parceria com o CMS Alemão/Esperança.
Escola Municipal Gastão Monteiro Moutinho - 7ª CRE.
_____________________________________________________
Referências:
Roberto Eduardo Albino Brandão é graduado em Biologia (1994), com especialização em Educação para Gestão Ambiental (2002). Atualmente é Conselheiro do Conselho Gestor Intersetorial do Teias-Escola Manguinhos, professor da Escola de Formação do Professor Carioca - Paulo Freire, professor de Biologia do C. E. Pinto Lima, e Mestrando em Educação Profissional em Saúde (EPSJV/Fiocruz).
|

