
Segunda-feira, 16/09/2013
Como Trabalhar a Literatura Infantil e Juvenil de Maneira Lúdica em Sala de Aula
A concepção de literatura infantil nos tempos modernos difere muito da concepção antiga. O próprio objeto livro sofreu transformações ao longo do tempo. No passado, os livros infantis possuíam uma intenção pedagógica, usados como pretexto para ensinar e disseminar valores como: nacionalismo, intelectualismo, moralismo e religiosidade.
Hoje, o conceito que temos de literatura é totalmente diverso. Nelly Novaes Coelho, em Literatura Infantil: Teoria, Análise, Didática, diz: “A literatura Infantil é, antes de tudo, literatura, ou melhor, é arte: fenômeno de criatividade que representa o mundo, o homem, a vida, através da palavra. Funde os sonhos e a vida prática, o imaginário e o real, os ideais e sua possível/impossível realização...”
Então, se pudermos enumerar algumas maneiras de se trabalhar a literatura no espaço escolar, na sala de aula, de maneira lúdica, teremos:
1ª) Não dar ao livro infantil e juvenil a função didático-moralizante. Definitivamente, a função da Literatura não é a convergência e sim a divergência. Como bem diz Franz Kafka: “Lemos para fazer perguntas.” O texto literário, sendo destinado à criança ou não, contém uma pluralidade de interpretações, em que cada leitor também é um autor, dialogando e participando da obra.
______________________________________________
Referência Bibliográfica:
Alessandra Firmo da Silva Santos é Especialista em Literatura Infantil e Juvenil, atua na E.M.(09.18.12) Maria Luíza Lima Silva e foi ganhadora do Concurso Leia Comigo, promovido pela FNLIJ em 2010 e 2011.
Cristiane Guntensperger Sousa Contatos: cristiane.gun.sousa@gmail.com Facebook: Cristiane Guntensperger
|


Postado por Cristiane Guntensperger Sousa (Texto de Alessandra Firmo da Silva Santos) Ver Comentários (0)
Sexta-feira, 13/09/2013
A Linguagem Virtual: uma Nova Identidade dentro e fora da Escola
Atualmente, as trocas de informação, as conversas que a vida corrida do dia a dia não permite e as facilidades de uma linguagem despojada, simples e objetiva, facilitam que as redes sociais façam parte do cotidiano de muitas pessoas.
É necessário compreender que na sociedade contemporânea o tempo é algo escasso e que, apesar da velocidade, deve-se assegurar a informação e a comunicação.
As abreviações do internetês são tentativas de simplificar e acelerar a informação.
O internetês é a linguagem usada nas redes sociais, visando facilitar o entendimento e rapidez da conversa. Se ele é ou não é um gênero textual, não é uma preocupação presente nos diálogos travados nas salas de bate-papo, no Facebook, no Skype ou em quaisquer outras redes sociais. Vários estudos vêm sendo feitos com a intenção de esclarecer esse ponto. Mas até o momento as opiniões ainda não apontam uma conclusão.
Nas salas de aula, o desafio continua lançado. Como o professor deve agir diante de uma produção de textos onde os alunos escrevam com as abreviações das redes sociais? A orientação para a norma culta da língua portuguesa é uma obrigação de todos os regentes. O aluno possui o direito de saber como é a escrita culta, mas também tem a liberdade de se expressar de forma confortável e segura.
______________________________________________ Referências Bibliográficas
http://lattes.cnpq.br/3743630225929610
Cristiane Guntensperger Sousa Contatos: cristiane.gun.sousa@gmail.com Facebook: Cristiane Guntensperger
|


Postado por Cristiane Guntensperger Sousa (Texto de Monica Cristina Celano Cavalcante) Ver Comentários (1)
Segunda-feira, 09/09/2013
Best-sellers e Leitura Literária
A crítica literária diverge quanto ao valor das obras mais vendidas para o público juvenil. Apesar de a grande maioria dos estudiosos entenderem os best-sellers para jovens como uma literatura pobre, com uma estrutura pré-determinada e limitada, alguns conseguem se aproveitar dela para formar leitores, digamos, mais “exigentes”. Surgem questionamentos como: por que a maioria dessas obras é tão repelida pelos críticos se tantos jovens as leem? O mais importante é ler os autores canônicos?Partindo da concepção de que literatura é o texto que toca nossa humanidade ao tratar da “matéria de que somos feitos: os sonhos, as ilusões, a dor, a disposição para renascer”1, os críticos desqualificam determinadas obras que, segundo eles, fogem a essas características. Inimigo obstinado da série Harry Potter, o crítico Harold Bloom, em entrevista, inspirou outros a ver séries recentes como Percy Jackson, Jogos Vorazes e Crepúsculo, não só como antiliteratura, mas como leituras nocivas.
Sabendo que a noção de cânone é uma construção social de adultos – e Peter Dickinson, citado por Hunt, lembra que “o olhar do adulto não é necessariamente um instrumento perfeito para discernir certos tipos de valores” 3 –, busquemos em nossas salas de aula dar voz aos jovens, fomentando conversas sobre leituras.
______________________________________________
1-LACERDA, Nilma Gonçalves. Cartas do São Francisco: conversas com Rilke à beira do rio. 3ª ed. Il. Demóstenes Vargas. São Paulo: Global, 2003, p. 12.
Alexandra Figueiredo é professora de Língua Portuguesa da rede municipal do Rio de Janeiro e especialista em Literatura Infantil e Juvenil pela Universidade Federal Fluminense, onde atualmente atua como Pesquisadora. Durante 3 anos (2010-2013) foi assessora de projetos da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). http://lattes.cnpq.br/2660510964800276
Cristiane Guntensperger Sousa Contatos: cristiane.gun.sousa@gmail.com Facebook: Cristiane Guntensperger
|


Sexta-feira, 06/09/2013
Em cartaz: “ÓCULOS MÁGICOS”. Uma Animação Produzida por Alunos da Rede Pública
O ônibus foi parando lentamente com os seus quarenta passageiros uniformizados. À direita, a Fundição Progresso, onde a exposição de longas e curtas metragens reunia animações nacionais e internacionais. Um festival. No coletivo, vozes ansiosas: “Chegamos?", "Podemos descer?”
Entre os passageiros estavam os autores, produtores e atores que, em 2012, produziram um curta de animação intitulado “Óculos Mágicos”¹. Eram alunos do 9º ano, da Escola Municipal Dunshee de Abranches.
Alunos do 9º ano da E. M. Dunshee de Abranches com a Profª de História Maria José de Carvalho no Festival Internacional de Animação (AnimaMundi), após a projeção do curta “Óculos Mágicos”, em agosto de 2013.
O ponto de partida do projeto foi a leitura do livro “A Luneta Mágica em Quadrinhos”, da Editora Panda Books (2009). Este, por sua vez, interpreta a obra de Joaquim Manoel de Macedo, publicada no século XIX, em sua primeira edição. Então, foi reconstruída a narrativa com a inserção dos movimentos, que deram vida/alma (anima) às imagens. Um desenho animado!
Justificando essas escolhas, segundo Chartier (apud Rio de Janeiro, p.87)²: “ao construir diferentes percursos para ler os diferentes textos, o leitor torna-se também autor”, daí a utilização da linguagem HQ. Nela, os quadrinhos estão a serviço da imaginação e do movimento corporal (olhos e mãos) do leitor que “caminha” de uma cena a outra. Ela aproxima o estudante da linguagem literária na busca dos seus próprios percursos de leitura e de aprendizagem.
Nesse uso convergente das mídias, a educação e a comunicação estão em diálogo permanente via novas tecnologias. Ainda que representem campos de conhecimento distintos, elas fundamentaram o caráter interdisciplinar da proposta, a serviço das disciplinas curriculares: História, Língua Portuguesa e Geografia.
Alunos do 9º Ano utilizando o software MUAN (Manipulador Universal de Animação).
A metodologia oferecida pelo Projeto Anima Escola³, em parceria com a SME/RJ, possibilitou o cronograma em etapas: Pesquisa; Roteiro; Storyboard; Confecção dos cenários e personagens; Filmagem; Edição.
Voltamos ao começo deste relato. A exposição em festivais internacionais ratificou o protagonismo dos alunos que, ao final, aplaudiram! Assim, o encantamento que o aprender animando exerce sobre os alunos atua como um terreno fértil na construção do conhecimento e no fortalecimento dos laços com o outro. ______________________________________________
1-Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=htWMyNN5lco.
Maria José Carvalho é mestre em História pela UFF; pós-Graduada em EAD pelo SENAC/RJ. Foi docente de Didática e Prática de Ensino de História na UFRJ e de História da Educação na UERJ, na UniverCidade e na Faculdade Cenecista. Atualmente é Professora de História na SME/RJ e Tutora da Pós-Graduação/EAD no CECIERJ/SEEDUC.
CV: http://lattes.cnpq.br/9801635356889135.
Cristiane Guntensperger Sousa Contatos: cristiane.gun.sousa@gmail.com Facebook: Cristiane Guntensperger
|

