
Quinta-feira, 28/04/2016
Letramento Literário na EJA: bordando memórias nas páginas dos livros
Embora várias ações governamentais e iniciativas de caráter comunitário tenham sido destinadas à essa modalidade de ensino, permanece uma enorme lacuna nesse setor educacional que carece de reflexão e ação. Observa-se, pois, a necessidade de a escola não se restringir a uma oferta de educação formal e tradicional, em sua maioria de carácter deficitário no âmbito da EJA, mas sim abranger as potencialidades das estratégias de letramento, garantindo conformidade com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), ao passo que forma o aluno para o exercício pleno da cidadania. De acordo com Magda Soares (2012), letramento não é apenas a aquisição da habilidade de ler e escrever, mas sim a apropriação da escrita e das práticas sociais que estão a elas relacionadas.
Referências Bibliográficas: BOSI, Ecléa. Memória e Sociedade: Lembranças de velhos. SP: Companhia das Letras, 1994.
BRASIL. Ministério da Educação. LDB – Lei nº 9394/96, de 20 dez. 1996. Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 20 dez. 1996. Disponível em: COSSON, Rildo. Letramento Literário: teoria e prática. SP: Contexto, 2014. MERIEU, Philipe. “A relação pedagógica: Quando se vê como o desejo vive do enigma, o enigma da relação, e a relação da mediação”. In:______. Aprender sim... mas como? Porto Alegre: ARTMED, 1998. PAULINO, Graça; COSSON, Rildo. Letramento literário: para viver a literatura dentro e fora da escola. In: ZILBERMAN, Regina; RÖSING, Tania (Orgs.). Escola e leitura: velha crise; novas alternativas. São Paulo: Global, 2009.
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. 3º ed., Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2012. ![]()
Laís Lemos Silva Novo
laislemosnovo@hotmail.com
Mestranda do Programa de Mestrado Profissional em Práticas de Educação Básica do Colégio Pedro II e participante do Grupo de Pesquisa LITESCOLA - Literatura e outras linguagens na Escola Básica: letramento literário e formação continuada do professor. Graduada em Letras - Português/ Inglês pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro/ Faculdade de Formação de Professores (UERJ/FFP). Foi bolsista do Departamento de Estágios e bolsas (CETREINA), na condição de monitora da disciplina Teoria Literária I. Atualmente é professora docente da Secretaria
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Quinta-feira, 14/04/2016
Letramento Crítico nas Aulas de Inglês
O termo letramento, do inglês literacy, foi trazido para o Brasil pela autora Mary Kato, em 1986. Soares (2012) deixa claro que letramento não compreende somente a habilidade de ler e escrever, mas vai além disso, ele permite a apropriação da escrita como forma de atuação consciente nas práticas sociais. A autora Kleiman (2008: p.15) afirma que o conceito de letramento “[...] começou a ser usado nos meios acadêmicos como tentativa de separar os estudos sobre o impacto social da escrita dos estudos sobre a alfabetização, cujas conotações destacam as competências individuais no uso e na prática da escrita.”. O Letramento Crítico (doravante LC), segundo Cervetti, Pardales, Damico (2001: p. 12), é definido como uma proposta de leitura que visa à “formação de um mundo mais justo através da crítica aos atuais problemas políticos e sociais e da proposição de soluções”, tal crítica se dá através da leitura, reflexão e questionamento das mensagens dos diferentes textos a que os estudantes são expostos. Com isso, trabalhar o LC nas aulas de inglês possibilita a formação de cidadãos críticos, conscientes e não somente reprodutores de ações e discursos.
Dessa maneira, os estudantes-leitores têm a possibilidade de questionar as diversas formas de dominação e perpetuação das desigualdades social e econômica na leitura de um texto.
Referências Bibliográficas:
FREIRE, Paulo. Educação como Prática da Liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989. JORDÃO, C. M.; FOGAÇA, F. C. Critical literacy in the English language classroom.In: D.E.L.T.A., 28:1, 2012, p.69-84 KATO, M. A. No mundo da escrita: uma perspectiva psicolingüística. 7.ed. São Paulo: Ática, 2003. KLEIMAN, Angela B. (Org.). Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas: Mercado das Letras, 2008. LOPES,M.C.L.; ANDREOTTI,V.; MENEZES DE SOUZA, L.M.T. Uma breve introdução ao letramento crítico na educação em línguas estrangeiras. Paraná, 2006. p.6. Disponível em:< http://pt.scribd.com/doc/7965991/letramento-critico> Acesso em: 6 de jan. 2016. SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 2012.
SOUZA, Gasperim Ramalho de. Novos significados para o ensino e aprendizagem de inglês: o letramento crítico em uma turma de aceleração. Dissertação de mestrado. UFMG. Faculdade de Letras. 2014.
Patricia Miranda Medeiros Sardinha patymime@yahoo.com.br
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Postado por Postado por Mayara Nespoli (Autora: Patricia Miranda Medeiros Sardinha) Ver Comentários (0)
Sexta-feira, 19/06/2015
Lego Poesia: Oficina de Criação Literária e o Multiletramento
O incentivo à leitura depende de estratégias que tornem o ato de ler um prazer. Esse hábito pode ser estimulado a partir da ludicidade, do imaginário da contação de histórias a fim de incorporar questões do cotidiano do aluno na prática escolar.
1º) Sensibilização dos alunos, mostrando o ato de ler (e o de escrever) através do jogo de montar peças coloridas, em que cada letra junta a outra forma sílabas, que formam palavras, frases e versos, textos, contos e poemas. 2º) Cada aluno pegou, em uma caixa, três peças coloridas de tamanhos e cores diferentes para tentar montar algo (objeto, animal etc.). Muitos alunos formaram figuras semelhantes, mas, para o imaginário de cada um, era uma escada, um telefone, um trem. Foi comentado sobre a questão do imaginar coisas e inventar personagens e causos, que não deixam de ser formas de montar e contar histórias. 3º) Cada aluno escolheu um livro infantil, alguns com texto apenas, outros com imagens. Solicitei que fechassem os olhos e abrissem o livro em qualquer página e, ao abrir novamente, que os olhos escolhessem uma palavra ou imagem. A seguir, no quadro da sala de aula, munidos apenas de giz, os alunos escreveram todas as palavras escolhidas. Por fim, com um grupo maior de palavras, foi feita uma pequena história e um poema.
Professor José Antonio Klaes Roig - Escritor, educador e poeta, residente em Rio Grande, RS. Mestre e doutorando em Letras, área História da Literatura (FURG, RS) Atualmente, bolsista da Capes, atua de forma diletante em projetos educacionais experimentais com professores das redes públicas estaduais e municipais do extremo sul do Rio Grande do Sul. Nas horas vagas é editor do blog Educa Tube Brasil, uma iniciativa individual que conta com a colaboração de diversos educadores do Brasil e exterior, que socializam suas descobertas nesse espaço digital de trocas de saberes.
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Sexta-feira, 22/11/2013
A Escrita que Emerge da Experimentação
A alfabetização não pode ser o início de um processo, mas sim a continuidade de um trabalho anteriormente desenvolvido. Ninguém entra na alfabetização e se depara pela primeira vez com letras, palavras ou textos. Todos estes se encontram imersos no contexto social da criança, personificados em diversos gêneros textuais. Não há como escondê-los ou mascará-los. Eles se corporificam no papel, na mídia, no discurso, nas propagandas, nas placas etc.
CIEP Dr. Adão Pereira Nunes - Professora Priscilla Rohr Garcez de Oliveira.
http://avezdoeducador.blogspot.com.br/2010/11/evolucao-da-escrita-das-criancas.html
http://mariadantas.spaceblog.com.br/384734
Construíram a palavra com letras de revistas, refletindo sobre a sua forma de escrever, quantidade e tipos de letras. Organizaram um texto coletivo sobre as descobertas da espécie. No final, foi proposta a construção individual de uma escrita sobre o xerelete, tendo uma das alunas da classe registrado:” XERELETE/O TAMANHO DELE E 23 100TIMETRO”.
Cláudia Azevedo Pinudo é pós-graduada em Psicopedagogia e Sexualidade Humana, graduada em Pedagogia, Professora do Ensino Fundamental e Orientadora de Estudos do PNAIC.
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