
Sexta-feira, 08/11/2013
No Mundinho da Creche e da Comunidade Tem Vez e Voz a Diversidade
Neste texto, temos como objetivo promover um exercício de pensamento a partir da articulação entre o ensino de leitura direcionado ao estudante do PEJA com os estudos dialógicos de Bakhtin.
http://lusoleituras.wordpress.com/tag/dialogismo/.
Talvez você possa estar se indagando: por que Bakhtin? Apoiamo-nos nesse autor principalmente por defender uma dinâmica de leitura significativa. Para Bakhtin (2002), o leitor busca a resolução e sentido em uma leitura quando esta lhe apresenta desafios, ou seja, este enfrentamento de buscar a resolução promoverá a construção do seu conhecimento. Além disso, conforme pontua Ramos: “essa teoria fundamenta os documentos oficiais de ensino e aprendizagem da leitura e da escrita” (2009), presentes nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs, 1997) de Língua Portuguesa.
CIEP Ministro Gustavo Capanema.
Bakhtin, em sua teoria, nos auxilia a compreender a leitura apoiada no viés dialógico. Se olharmos do ponto de vista etimológico, percebemos que "diálogo" - do grego "entrevista", "discussão" - significa entrevista entre duas pessoas.
http://lifeatschoolym.wordpress.com/2012/10/22/dialogo-ou-discussao/.
Analisando as orientações curriculares de Língua Portuguesa (PEJA I e PEJA II) do Programa de Educação de Jovens e Adultos (SME, 2010), encontramos apontamentos que convergem com as reflexões de Bakhtin para subsidiar nossas ações.
CIEP Ministro Gustavo Capanema.
Articulando as reflexões de Bakhtin junto às Orientações Curriculares (2010) de Língua Portuguesa para o PEJA, percebemos que as nossas aulas podem se tornar contextos socioculturais de interação, favorecendo a expansão e o aprimoramento de práticas de leituras significativas e contribuindo para a existência de cada estudante. Para tal, torna-se necessária uma educação dialógica que tenha como ponto de partida as experiências dos(as) alunos(as), não se limitando a estas, assegurando caminhos para uma aprendizagem efetiva e repleta de sentidos.
Referências:
BAKHTIN, M. Questões de Literatura e de Estética: a teoria do romance. São Paulo: Hucitec / Annablume, 2002.
Sandro Tiago da Silva Figueira é graduado em Pedagogia pela Faculdade de Formação de Professores da UERJ (2008); Mestre em Educação pela FFP/UERJ (2012) e docente em turmas do Programa de Educação de Jovens e Adultos da SME/RJ. Seus estudos têm como área de concentração a formação de professores, História, memória e práticas educativas, atuando nos temas formação continuada e desenvolvimento profissional.
Lattes: http://cnpq.br/3103883999232068.
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Postado por Cristiane Guntensperger Sousa (Texto de Sandro Tiago da Silva Figueira) Ver Comentários (1)
Segunda-feira, 28/10/2013
Cultura
Segundo o dicionário, cultura significa: “conjunto de características humanas que não são inatas, e que se criam e se preservam ou aprimoram através da comunicação, cooperação entre os indivíduos em sociedade; ou conjunto dos conhecimentos adquiridos em determinado tempo”.
http://panoramagaranhuns.com.br/category/cultura.
http://ledjabrittes.blogspot.com.br/2010/12/cultura-brasileira.html.
http://www.brasilcultura.com.br/cultura/cultura-que-cultura-%E2%80%93-artigo/.
http://www.sempretops.com/estudo/diversidade-cultural/.
http://entrementes12c.blogspot.com.br/2012/11/grupo-social.html.
http://engdofuturo.com.br/importancia-criatividade-mercado/.
Todas as formas culturais ou todas as “subculturas” de uma sociedade são equivalentes e, em geral, aprofundam algum aspecto importante que não pode ser esgotado completamente por outra “subcultura”.
http://colmeia.biz/2012/10/serie-generos-musicais-4-punk/.
Embora cada cultura contenha um conjunto finito de regras, suas possibilidades de atualização, expressão e reação em situações concretas são infinitas.
_____________________________________________________ Referências: ROCHA, Everardo. O que é Etnocentrismo. 11ª edição. Ed. Brasiliense, 1994.
Eltom Ferreira Matias é graduado em História e especializado em Administração e Supervisão Escolar. Atualmente é orientador pedagógico na Prefeitura de Nova Iguaçu e professor na Prefeitura do Rio de Janeiro.
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Segunda-feira, 21/10/2013
Quem é o Diferente...
Há algum tempo, a Educação de qualidade às crianças que necessitam de atenção especial por suas deficiências e/ou transtornos do desenvolvimento e/ou altas habilidades, que vislumbre sucesso em seu processo de aprendizagem, é foco de discussão, organização e fomento de políticas no cenário nacional e internacional.
Um dos pontos de destaque é que o diálogo acerca dessa temática necessita envolver culturas, políticas e práticas de inclusão, pois são dimensões fundamentais para analisar cenários educacionais e propor estratégias mais inclusivas. Perpassa desde conceitos inclusivos até mudanças atitudinais nas escolas, entendendo a escola instituição, como um espaço de constituição de sujeitos marcada pelas forças ambivalentes da sociedade contemporânea e das representações que suscitam do encontro dos indivíduos nos grupos sociais.
A compreensão do papel que a pessoa com deficiência ocupa na relação com seus pares confere significado importante ao planejar a ação educativa. Ressignificando o papel da formação dos profissionais que se encontram no lócus da mediação deste processo - o professor -, baseando-se em estudos acerca da formação inicial e continuada deste. Não se trata da proposição de um “professor inclusivo”, mas da capacidade de pensar sobre o pensar, agir e sentir sua prática pedagógica.
http://www.inclusive.org.br/?p=19615
Será que um dia chegaremos a um consenso sobre quais características deveria ter o “educador inclusivo”? Um segundo questionamento decorre deste primeiro: se a resposta a esta indagação fosse afirmativa, conseguiríamos que tais características fossem devidamente adequadas a qualquer contexto educacional? Qual a importância de compartilharmos os sentidos e significados da inclusão em educação com os futuros professores e os que já se encontram na ativa?
http://www.sismmac.org.br/noticias.asp?id=2047&id_cat=1.
O “educador inclusivo” não deve ser encarado como um modelo ideal a ser seguido. É ter como padrão a atuação em prol de estratégias diversificadas e agindo na personalização do ensino. A inclusão se faz em processo e, como tal, seu entendimento deve ser compartilhado por todos os envolvidos que, por sua vez, assumirão o papel de atores nessa construção. Compreendendo a representatividade dos alunos com deficiência, mais um elemento significante à constituição do cenário escolar. _____________________________________________________ Referências: Texto completo pode ser visitado em: http://www.faetec.rj.gov.br/desup/images/democratizar/v7-n1/democratizar-20131-luciane.pdf.
Luciane Porto Frazão de Sousa é Pedagoga, Psicopedagoga, Especialista em Educação Especial, Mestre em Educação e Doutoranda em Educação. Atuando na Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Superior, articulando e promovendo processos de inclusão, docência, formação de equipe multidisciplinar, formação de educadores. Pesquisadora nas temáticas inerentes à diversidade, cotidiano escolar, educação e reabilitação de pessoas com deficiência. Docente e conteudista de cursos EAD; na Pós-graduação da Universidade Cândido Mendes. Educopedista formadora na SME/RJ.
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Postado por Cristiane Guntensperger Sousa (Texto de Luciane Porto Frazão de Sousa) Ver Comentários (1)
Sexta-feira, 18/10/2013
Letramento Digital: a Tecnologia na Sala de Aula como Aliada no Processo de Alfabetização
A alfabetização é tema de muitas pesquisas sobre métodos e soluções. Recentemente, um elemento tem interferido nos debates em todas as áreas da educação e também faz parte do estudo do processo de alfabetização: o uso das tecnologias em sala de aula.
Como o computador, o celular e muitas outras tecnologias, a que inúmeras crianças estão expostas, podem atuar com o processo de alfabetização? Para responder a esta questão, vamos examinar um conceito que se torna cada vez mais importante: o letramento digital. Teremos que ir para além da alfabetização digital, pois com o letramento trazemos o contexto social e cultural e a perspectiva de leitura de mundo para a sala de aula.
Para compreender a alfabetização e diferenciá-la do conceito de letramento, Valente coloca:
Primeiro, é preciso saber diferenciar alfabetização e letramento. Alfabetização é o processo no qual o aluno adquire a tecnologia de ler e escrever. Já o letramento, é quando, uma vez adquirido o método, o aluno precisa saber como utilizá-lo nas práticas sociais. Dessa mesma forma se enquadra o letramento digital, que pode ser fraco (conhecimento básico e uso banal das mídias) ou forte (utilização das mídias para tomar consciência da realidade e transformá-la) (2006, s/p).
http://www.espiraldigital.com/letramento-digital/.
Assim, entender a diferença entre o letramento digital e a alfabetização é o primeiro passo para integrar esses processos e trazê-los também para o cotidiano da sala de aula. E mais importante, ainda, para o currículo, ocupando um papel central na educação.
_____________________________________________________ Referências: ALMEIDA, M. E. B. VALENTE, J. Integração currículo e tecnologias e produção de narrativas digitais. Revista Currículo sem Fronteiras. Vol. 12, n. 3, p. 57-82, Set/Dez 2012. Disponível em: http://bit.ly/almeival. Acesso em: 20/07/13.
VALENTE, J. Letramento Digital: O uso das novas tecnologias no processo de ensino-aprendizagem. Entrevista no portal Universia (04/10/2006). Disponível em: http://bit.ly/entreval. Acesso em: 20/07/13.
Renata Aquino Ribeiro é Doutora em Educação: Currículo – Tecnologia na Educação (PUC-SP), Mestre em Artes: Hipermídia (Univ. of Westminster – UK), graduada em Jornalismo (PUC-SP). Faz parte da comissão organizadora do evento Web Currículo PUC-SP.
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