
Quinta-feira, 26/03/2015
Informativo Multírio - 26 de março
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Segunda-feira, 23/03/2015
Comunicação Interrompida. É Proibido Usar Celular
Discutir o uso de celular na sala de aula não é tarefa fácil. Existem muitas divergências a respeito dos pontos positivos e dos negativos, muitas teorias acerca da dispersão dos alunos e muito medo das potencialidades do “aparelho”.
Ano passado, a Lei nº 18.118/2014, de 24 de junho, proibiu o uso de aparelhos/equipamentos eletrônicos em salas de aula no estado do Paraná. No momento, houveram muitas expressões de entusiamo dos professores que se manifestaram a respeito. No entanto, a lei é bem confusa e eu sei que muitos não leram com atenção esta parte: “Os aparelhos serão permitidos em classe apenas para fins pedagógicos, sob orientação e supervisão do profissional de ensino, porém, a mesma não prevê uma punição padrão para os alunos e professores que utilizarem os aparelhos em classe”. Concluindo: pode usar o celular sim, desde com objetivos pedagógicos.
Esquecemos, no entanto, que usamos o celular em muitos momentos de nossa rotina. Através dele enviamos mensagens (SMS e whatsapp), ouvimos música, publicamos fotos e realizamos diversas outras atividades nos mais variados espaços que frequentamos – em casa, no trabalho, em restaurantes, em bibliotecas, etc. Por que só na escola é errado usar celular? Segundo o texto original do Projeto de Lei nº 440/2013, de autoria do deputado Gilberto Ribeiro (PSB), “os jovens do ensino fundamental e médio não possuem ainda capacidade para controlar o uso desses aparelhos, o que causa desvio de atenção no horário de aula, além do acesso a conteúdos inapropriados”. Vamos refletir juntos: o jovem ainda não possui maturidade para compreender e controlar muitas coisas, como sentimentos e emoções. Não apenas sobre o uso de tecnologia, mas necessita de orientação a respeito de vários aspectos e comportamentos sociais. A solução então seria: vamos proibir que os alunos conversem, que escrevam, que manifestem seus sentimentos, que debatam um assunto, que sejam criativos, que sejam jovens e que saiam de dentro da escola, para não correrem o risco de serem influenciados pelas interações sociais? Ou seria melhor rever a formação dos professores para que tenham apoio e consigam agregar as situações da vida real na formação ideal para os alunos de hoje? Sob a pena de ser mal compreendida por muitos professores que estão lendo este texto, deixo aqui o meu posicionamento: proibir qualquer tecnologia que proporcione inovação nos processos de ensino e de aprendizagem é um retrocesso injusto à formação dos alunos; é uma barreira à evolução de sua aprendizagem; é pausar a construção de conhecimento; é deixar a escola cada vez mais distante da sociedade.
Vamos recordar que o celular surgiu na década de 70. Na época, o valor de compra era alto e o aparelho nada atraente, sendo assim, atingiu poucas pessoas de classes sociais mais elevadas. No entanto, como tudo o que acontece ao redor da escola, a tecnologia do celular foi aperfeiçoada. Hoje, o valor é baixo, o celular é acessível, bonito, moderno, divertido e faz um monte de coisas. Com ele falamos, ouvimos, enviamos mensagem, tiramos fotografias, fazemos vídeos, navegamos na internet, consultamos mapas, mantemos nossa agenda pessoal. Muitas famílias aboliram o telefone fixo e todos os membros possuem um plano de ligações que possibilita que conversem entre si por um preço baratinho. Todo mundo “precisa” e tem um celular. Pois bem, os jovens também precisam. Eles possuem um celular porque foram presenteados com um; muito raramente são eles que pagam pelo aparelho. Acessam a internet porque seus pais também pagam por isso. São inúmeros os aplicativos criados para celular, são muitos os sites que ajudam uma pessoa comum a criar o seu próprio aplicativo, gratuitamente. E todos os jovens que ousarem criar um app são muito parabenizados, até considerados gênios. A sociedade motiva, estimula, impulsiona, incentiva que sim! todos usem celulares. Contudo, quando esse jovem entra na sala de aula portando um desses aparelhos, encontra a proibição de seu uso. O celular passa a ser um objeto menosprezado e inapropriado para aquele ambiente. E, assim, a escola continua sendo excluída da sociedade, como se fosse uma esfera alienígena no espaço. É necessário aceitar que o celular faz parte da vida de todos nós: alunos, pais e professores. E é necessário conhecer qual espaço ele ocupa na vida do aluno, daí então sua importância poderá ser medida.
Como um livro didático, sobre o qual conhecemos o conteúdo e em qual página está, é necessário conhecer o aparelho e suas funcionalidades. Ter um planejamento sólido, como em qualquer outra aula. Faça uma análise do perfil da sua turma. Preste atenção na personalidade da maioria. Leve em consideração a aceitação e a organização deles para atividades diferenciadas. E selecione os conteúdos, dentro das disciplinas, em que é possível utilizar o celular de forma a agregar conhecimento. Diretores, coordenadores, orientadores, funcionários em geral e, principalmente, professores, também devem desligar seus aparelhos enquanto estiverem trabalhando. Exemplo!
O problema nunca é a tecnologia, o objeto ou o aparelho, mas sim o que fazer com tudo isso, dentro da sala de aula. Acreditem, eu não defendo que a escola deva usar celular ou qualquer aparelho tecnológico. O que é preciso entender é que, independente da nossa vontade, o celular existe e influencia a forma como nós, professores ensinamos aos alunos que, nesse momento, talvez não tenham a necessidade de aprender tudo aquilo que julgamos que é necessário ensinar porque eles já estão com a informação na palma da mão. Cabe a nós potencializá-la. Eu planejei algumas atividades utilizando os aplicativos mais básicos de um smartphone. Baixem o e-book “11 Dicas para usar o celular nas aulas” e apliquem com seus alunos. Quem sabe dá certo!
Talita Moretto
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Quarta-feira, 18/03/2015
Projeto REDE ESCOLA RIO Oferece Oficina de Fotografia
Projeto REDE ESCOLA RIO oferece oficina de fotografia para professores da rede pública municipal do Rio
O tema das áreas verdes da cidade maravilhosa é o foco do primeiro dos cinco módulos do RER, O RIO QUE É VERDE, iniciado em agosto de 2014. Primeira atividade do ano acontece no dia 20 e o retorno às aulas, em 23 de março.
Adriana Sanglard e George Patiño
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Quarta-feira, 18/03/2015
Informativo Multírio - 18 de março
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