
Sexta-feira, 02/09/2016
Educação Especial: A Importância da Parceria
O relato de Cíntia Nazaré Oliveira Pires, mãe de Arielle Beatriz de Oliveira Pires, aluna da Escola Especial Municipal Maria Monterssori, destacando a parceria e o apoio da Coordenação Pedagógica e da Direção da Unidade no desenvolvimento de sua filha.
“Em 2017, Arielle completa 10 anos estudando na Escola Especial Municipal Maria Montessori. No início não aceitava minha filha numa escola especial e queria fazer a inclusão. Porém, pedagogicamente, naquele momento era inviável a inclusão da minha filha em classe regular devido o seu comportamento. E várias estratégias para facilitar a aprendizagem da Arielle foram feitas. Durante esses 10 anos muitas coisas aconteceram, me tornei mãe voluntária da escola, passei no concurso de Agente Auxiliar de Creche, e, ao tomar posse em 2011, surgiu a grande preocupação. Como minha filha ficaria sem a minha presença na escola, com a mudança de rotina. Tive ao meu lado a tia Sueli (professora Sueli Ramos, Coordenadora Pedagógica) que falou para que eu pudesse buscar ajuda na Casa Dia Pereirinha, pois já teve outros alunos atendidos pela Casa Dia que fazia um trabalho excepcional. Minha filha passou a ser assistida pela Casa Dia, recebendo um excelente atendimento.
Com a prática em sala de aula, tive dificuldades, pois o concurso de Agente Auxiliar de Creche foi a nível fundamental, e ao entrar acreditei que só cuidaria da higiene e alimentação das crianças. Mas a realidade era outra. Tinha que se fazer um planejamento, e eu não sabia realizar, pois não tinha o médio normal. As outras agentes faziam o planejamento e me explicavam como aplicar em sala já que não tinha professor. Porém, isso me incomodava, tinha o desejo de realmente entender o que era a educação e a minha prática, pois meu desejo era contribuir para que meus alunos tivessem sempre o melhor de mim. Conversando sobre isto com Viviane (professora Viviane Alves, Diretora), ela me sugeriu uma instituição para cursar o ensino médio normal. Porém, as aulas eram todos os dias à noite, e eu não tinha com quem deixar Arielle nesse horário, sem contar que ficaria muito tempo ausente da vida da minha filha, já que nessa época não consegui de imediato a redução de carga horária, e trabalhava 8 horas diárias. Hoje aprendi que o educar e o cuidar são indissociáveis.
Em 2012, minha filha entrou numa crise psiquiátrica, foram os momentos mais difíceis da minha vida. Diversas idas ao Pinel (Instituto Philippe Pinel), trocas de remédios, noites sem dormir, precisei ficar licenciada para dar assistência a ela e fazer um acompanhamento mais de perto. E a Viviane, sempre preocupada. Primeiro perguntava sobre Arielle e em seguida como eu estava psicologicamente. E muitas vezes chorei nos braços de Viviane como criança, pois me questionava o porquê de minha filha só piorava, tomou diversos remédios e nenhum fazia efeito, cada vez mais agitada, agressiva. Como sou separada só tinha a ajuda dos meus pais (avós da Arielle) e da escola (Viviane e Sueli). E, mesmo com essa conturbação, em uma conversa falei do desejo de cursar Pedagogia à distância, já que estudar presencialmente era inviável e na mesma hora a tia Sueli e Viviane me falaram do CEDERJ. Eu não conhecia e elas me motivaram a fazer o vestibular. Então fiz, passei, fui a última classificada para a vaga, mas para mim naquele momento era como se tivesse sido a primeira classificada. Então a caloura precisava de tutoras, pois não tinha como ir às tutorias. A minha tutora oficial foi a Viviane e a minha ex-gestora Gisele Machado, hoje gestora do EDI Ataulfo Alves. Elas sempre tinham paciência para sanar minhas dúvidas em relação às disciplinas. Diante dos corredores da Montessori foram muitas aulas, enquanto Viviane resolvia questões administrativas ia me dando aula de sociologia, gestão, psicologia.
Um certo dia cheguei chateada, chorando, questionando Viviane por que não havia preparado meu psicológico sobre a educação especial. Pois, ao ler sobre a educação especial, descobri que as crianças que nasciam com deficiência eram jogadas ao precipício e ela simplesmente me disse: Isso é cultural, você já viu algum índio deficiente? Respondi: Não! E ela continuou a aula me fazendo entender o estilo de vida dos Romanos. Nessa rotina acadêmica fiz meu estágio de EJA na Montessori. Viviane e eu cursamos as mesmas disciplinas e fizemos provas juntas, pois Viviane também cursa Pedagogia pelo CEDERJ (UERJ) e no dia 6 de setembro irei colar grau e ela será minha madrinha de formatura. Além disso, a escola especial Maria Montessori tem desenvolvido acompanhamento de alguns alunos em seus atendimentos médicos. Considero muito importante, devido à contribuição do relato do comportamento dos alunos na escola junto ao médico. A tia Sueli acompanhou outro aluno no neurologista no Posto de Saúde Belisário Pena. Quando relatei que iria levar Arielle no psiquiatra no Memorial de Todos os Santos, no Cachambi, e que necessitava de um relatório para mostrar ao psiquiatra sobre o comportamento dela na escola, a mesma se prontificou em ir junto à consulta. Eu disse que iria de trem, ônibus, e ela não se intimidou e disse que iria comigo. Portanto, a consulta era na segunda e a mãe da tia Sueli veio falecer e mesmo assim não me deixou na mão, entrou em contato com a Viviane para fazer o acompanhamento na consulta e foi ótimo. Viviane me ajudou com Arielle e teve a oportunidade de conversar com o médico sobre o comportamento da Arielle na escola e como na verdade a Viviane conhece Arielle desde os 2 anos quando ainda era do Ciep Clementina de Jesus parecia que Arielle era filha de Viviane, pelo conhecimento e habilidade que ela tem em lidar com minha filha.
A Viviane e a Sueli tem uma grande importância na minha vida e da Arielle. Se não fosse a força delas no momento mais difícil da minha vida, a motivação delas e o amor que tem pela minha filha eu só tenho a agradecer a Deus por elas existirem na minha vida.”
Parabéns para toda a Equipe da Escola Maria Montessori, em especial para as professoras Viviane e Sueli, pela sensibilidade e garra ao lidar com seus alunos e também com seus responsáveis.
Contato com a Unidade pelos telefones 3394-1470 e 3394-1376, ou pelo e-mail emmontessori@rioeduca.net.
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9ªcre (325)
Postado por DEMILSON SILVA FERNANDES em 02/09/2016 20:39
Postado por isabel cristina Xavier da Silva em 03/09/2016 11:11
Postado por Carla Oliveira em 03/09/2016 12:45
Postado por isabel cristina Xavier da Silva em 03/09/2016 18:20
Postado por Nilton em 08/09/2016 19:30
Postado por Gizella Ozório em 09/09/2016 17:53
Postado por Romênia em 09/09/2016 17:56
Postado por Clarisse Oliveira em 09/09/2016 21:59
Postado por Cláudia Gonçalves em 09/09/2016 22:00
Postado por Bruno Dias em 14/09/2016 14:41
Postado por Maria Do Carmo em 16/09/2016 17:15
Postado por Natália Borges em 27/09/2016 21:26
Postado por Jussara em 27/09/2016 21:27
Postado por monique brum em 27/09/2016 21:28
Postado por Joyce em 27/09/2016 21:30
Postado por Rosi Medeiros em 27/09/2016 21:32
Postado por Alessandra em 27/09/2016 21:34
Postado por Elisa Santana em 27/09/2016 21:39
Postado por Ana em 27/09/2016 21:40
Postado por Terezinha Lázaro em 27/09/2016 21:42
Postado por Ivone em 27/09/2016 21:44
Postado por Andrea Nogueira em 27/09/2016 21:46
Postado por Cátia em 28/10/2016 18:34
Postado por Vanessa Cruz em 28/10/2016 18:41
Postado por ERICA SILVIA SIQUEIRA em 28/10/2016 18:44
Postado por NIVIA em 28/10/2016 19:02
Postado por Vanessa Vieira em 29/10/2016 14:08
Postado por THALITA GREGÓRIO em 29/10/2016 14:10
Postado por Alessandra Jurema em 29/10/2016 14:15
Postado por BÁRBARA em 29/10/2016 14:17
Postado por Isis Santana em 29/10/2016 14:25
Postado por DÉBORA em 29/10/2016 14:28
Postado por Alessandra de Paula em 05/11/2016 12:34
Postado por CRISTIANE COUTO em 05/11/2016 12:37
Postado por Bruno Vieira em 05/11/2016 12:44
Postado por HELEN CUNHA em 05/11/2016 12:46
Postado por Vanessa Bragança em 05/11/2016 12:48
Postado por Cristiane Munford em 05/11/2016 12:50
Postado por Raquel Borges em 05/11/2016 12:52