
Terça-feira, 28/01/2014
O Carinho de uma Sala de Aula
As dificuldades verificadas no processo de alfabetização de muitos alunos nas turmas podem ser minimizadas, e até mesmo superadas, mediante a convivência com um ambiente adequado.
Espantando a monotonia, esse ambiente deve oferecer, nos aspectos físicos da sala de aula, espaços a serem preenchidos por recursos como o alfabeto, o contato com seu próprio nome, já por extenso - afinal, o seu nome e sobrenome é algo próprio do aluno, sua própria e permanente identidade - e com a imagem da assinatura.
Além das letras, sílabas, palavras e diferentes tipos de textos, de estruturas que propiciem intimidade com os cálculos e a linguagem matemática, com a integração social e das ciências, concomitante e interdisciplinarmente.
E.M Láis Netto dos Reis, turma de 1º ano. Foto da professora Maria Delfina Rodrigues.
O objetivo, além de acolher o aluno, é oferecer possibilidades que invistam nas propriedades da leitura, na estrutura da palavra e dos textos, na diversidade textual e no estímulo aos desafios matemáticos cotidianos a partir de experiências dentro de sala. E, também, através de mecanismos simples e práticos, tais como, por exemplo, um mercadinho, onde, manuseando os “produtos”, já se começa concretamente a adquirir, de forma natural, a percepção do sistema monetário brasileiro, dentre outras habilidades necessárias ao cotidiano.
As sucatas que se transformam em jogos e em brinquedos, tudo o que se constrói na sala é através do mínimo de materiais disponíveis, enfatizando-se o desenvolvimento autossustentável, a expressão artística, além do senso estético e prático do alunado em questão.
Materiais simples e sucatas podem compor instrumentos para auxílio didático. Na foto, sala de 2º ano. Sucata para a janelinha do tempo e mercadinho, entre outros.
Deve se elaborar um acervo textual que englobe poesias, histórias sequenciadas e músicas com o objetivo de ressaltar exercícios de mnemônica, em prol do exercício da memória e da natureza de brincar e oportunizar a organização do espaço, a responsabilidade e estimular o senso estético.
É primoridial o cuidado com esse ambiente construído e cada dia mais enriquecido com novas informações e muito movimento entre os alunos na realização de diversas atividades. A rotina é importante, mas salpicada de ação e novas propostas. Assim, observa-se que uma metodologia de ensino pode estar relacionada à simples consonância do professor com sua sala de aula que, na realidade, junto aos seus pupilos, torna-se uma casa, um castelo, um mundo...
É uma grande recompensa vermos nossos pequenos vasculhando a sala em busca de um trabalho seu ou dos colegas, de uma nova fonte que o professor elaborou ou construiu com ele, ou apenas, como suporte para tirar alguma dúvida.
Enfim, a sala de aula pode e deve tornar-se a extensão de sua metodologia, professor. A sala de aula deve ser a expressão do carinho, no qual se firma o desenvolvimento, a autoconfiança e a aprendizagem. Com dedicação e compromisso, um recurso, por mais simples que seja, pode resultar em diferenças muito positivas.
Vilma Barbareto Professora da Rede Municipal de Ensino do Rio de Janeiro Colaboradora do Rioeduca.net E-mail: vilmabarbareto@rioeduca.net Twitter: @VilmaBarbareto
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Postado por adriana miranda em 26/04/2013 10:41
Postado por ReginaBizarro em 26/04/2013 14:21
Postado por Carmen Lucia Ferreira em 26/04/2013 18:37
Postado por ADRIANA em 27/04/2013 00:13
Postado por Helena(by troia) em 28/04/2013 20:52
Postado por Patrícia em 25/01/2014 23:52